Oi desocupados,
Vocês que acessam mais o blog devem ter reparado que eu
tenho mantido ele mais atualizado que lista negra de traficante nos últimos
tempos. Isso acontece por inúmeros motivos dele sendo o principal: preguiça de
estudar.
Não amigos, não é tanto pelo amor à escrita ou por vestir a
camisa de blogueiro com orgulho, não é por ter estado menos ocupado. Bem pelo
contrário, tenho estado muito ocupado. Mas ao invés de honrar pai e mãe
estudando até sangrar os dedos e cérebro, eu me voltei para a escrita como
válvula de escape. Deus sabe como tem sido difícil para mim escrever 3 linhas
de um trabalho, fazer uma capa ou uma apresentação de slides. Mas em
compensação é só clicar no botão de Nova Postagem que eu monto no corcel
andróide mágico da imaginação e troto pelas terras da
Zubulândia Inspiração. Mais ou menos assim.
Então toda vez que eu sinto uma urgência absurda de estudar,
é isso que eu faço: crio um post antes. Até pra dar uma relaxada, por que não
tá fácil pra ninguém. Claro que se eu rodar em alguma cadeira por causa disso
ficaria tão irado que acabaria por fugir do país e mudar meu nome para
Pepê&Neném da Silva Júnior. A não ser que fosse em Cálculo, por que afinal
é cálculo e rodar em cálculo é um importante rito de passagem da adolescência
para a amargurada adultez acadêmica.
Aproveitando que hoje estou inspirado e já alimentei o
corcel androide mágico, vou contar para vocês a história de um dos meus dias de
maior azar: o Dia da Chuvinha Marota.
“Tudo começou com nosso protagonista Alexandre, então com
treze anos, saindo da casa de sua vó após o meio dia.” Tá, então, explicando
pra vocês: Eu morei por um tempo nos fundos da casa de minha avó materna. Era
uma casa enorme e muito aconchegante caso você não se incomode com barulhos
espectrais supostamente produzidos pelo espírito de um antigo inquilino chamado
Danúbio. Da minha casa eu ia para a escola todo dia, por que naquela época eu
ainda era inocente o suficiente para nunca ter cogitado matar aula (imaginem
só!). Ao voltar do colégio, por volta do meio dia, eu passava na casa de minha
outra avó, a avó paterna, e lá almoçava com meu pai e os pais dele. Depois eu
voltava para a minha casa nos fundos da casa de minha avó materna. Ok,
explicado isso, vamos finalmente para a história.
Eu vinha voltando para minha casa quando percebi que tinha
esquecido minhas chaves de casa na minha vó paterna, quando almocei lá. As duas
casas ficam a apenas duas ruas de distância uma da outra, vejam só que cômodo.
Claro que como essas duas ruas eram na verdade duas lombas praticamente
verticais, a gente se pegava pensando se existia Deus naquela terra de Ninguém.
Eu até tinha um apelido para as duas lombas: Sodoma & Gomorra. Eu havia
descido Sodoma e subido Gomorra, e na minha opinião isso já era exercício de
uma vida inteira! Irritado, inconformado e shatiadíssimo, optei por ligar para
minha avó e pedir para ela me encontrar no meio do caminho com as minhas chaves
(não me julguem eu era gordo). Bom, pelo menos n precisaria subir uma lomba
inteira. Quando dou o segundo passo em direção ao meu destino gotas de água do
tamanho de salários de deputados começam a pipocar no chão.
ah, finalmente, quase em casa! |
Tudo o que eu precisava – caso meu objetivo fosse estar em
uma situação mais cagada que a vida amorosa da Adele . Desci Gomorra
rapidamente, e comecei a subir Sodoma (parem um instante e me imaginem dando
direções para uma pessoa –EX: o bar fica logo ali depois de Sodoma) procurando desesperadamente minha avó. Ela,
que não era burra nem nada, estava de guarda-chuva, caminhando muito digna
tocando fogo na chuva e etc. Pego com ela as chaves, já então completamente
encharcado. Percorro as lombas da Perdição mais uma vez, e finalmente chego na
casa de minha avó materna.
Ela abre o portão pra mim, se preocupa com meu estado de
ensopamento, oferece canja de galinha (acho que ela sempre carrega um pouco com
ela) e me diz pra me secar rápido. Corro para os fundos, ponho a mão na
maçaneta e...
PORTA...
ESTAVA...
DESTRANCADA.
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