8 de Brinks: Azar, atividadj

terça-feira, 26 de junho de 2012

Azar, atividadj


Oi desocupados,

Vocês que acessam mais o blog devem ter reparado que eu tenho mantido ele mais atualizado que lista negra de traficante nos últimos tempos. Isso acontece por inúmeros motivos dele sendo o principal: preguiça de estudar.

Não amigos, não é tanto pelo amor à escrita ou por vestir a camisa de blogueiro com orgulho, não é por ter estado menos ocupado. Bem pelo contrário, tenho estado muito ocupado. Mas ao invés de honrar pai e mãe estudando até sangrar os dedos e cérebro, eu me voltei para a escrita como válvula de escape. Deus sabe como tem sido difícil para mim escrever 3 linhas de um trabalho, fazer uma capa ou uma apresentação de slides. Mas em compensação é só clicar no botão de Nova Postagem que eu monto no corcel andróide mágico da imaginação e troto pelas terras da Zubulândia Inspiração. Mais ou menos assim.
venha Alexandre venha comigo entreter jovens desocupados de gosto duvidoso

Então toda vez que eu sinto uma urgência absurda de estudar, é isso que eu faço: crio um post antes. Até pra dar uma relaxada, por que não tá fácil pra ninguém. Claro que se eu rodar em alguma cadeira por causa disso ficaria tão irado que acabaria por fugir do país e mudar meu nome para Pepê&Neném da Silva Júnior. A não ser que fosse em Cálculo, por que afinal é cálculo e rodar em cálculo é um importante rito de passagem da adolescência para a amargurada adultez acadêmica.

Aproveitando que hoje estou inspirado e já alimentei o corcel androide mágico, vou contar para vocês a história de um dos meus dias de maior azar: o Dia da Chuvinha Marota.



“Tudo começou com nosso protagonista Alexandre, então com treze anos, saindo da casa de sua vó após o meio dia.” Tá, então, explicando pra vocês: Eu morei por um tempo nos fundos da casa de minha avó materna. Era uma casa enorme e muito aconchegante caso você não se incomode com barulhos espectrais supostamente produzidos pelo espírito de um antigo inquilino chamado Danúbio. Da minha casa eu ia para a escola todo dia, por que naquela época eu ainda era inocente o suficiente para nunca ter cogitado matar aula (imaginem só!). Ao voltar do colégio, por volta do meio dia, eu passava na casa de minha outra avó, a avó paterna, e lá almoçava com meu pai e os pais dele. Depois eu voltava para a minha casa nos fundos da casa de minha avó materna. Ok, explicado isso, vamos finalmente para a história.

Eu vinha voltando para minha casa quando percebi que tinha esquecido minhas chaves de casa na minha vó paterna, quando almocei lá. As duas casas ficam a apenas duas ruas de distância uma da outra, vejam só que cômodo. Claro que como essas duas ruas eram na verdade duas lombas praticamente verticais, a gente se pegava pensando se existia Deus naquela terra de Ninguém. Eu até tinha um apelido para as duas lombas: Sodoma & Gomorra. Eu havia descido Sodoma e subido Gomorra, e na minha opinião isso já era exercício de uma vida inteira! Irritado, inconformado e shatiadíssimo, optei por ligar para minha avó e pedir para ela me encontrar no meio do caminho com as minhas chaves (não me julguem eu era gordo). Bom, pelo menos n precisaria subir uma lomba inteira. Quando dou o segundo passo em direção ao meu destino gotas de água do tamanho de salários de deputados começam a pipocar no chão.
ah, finalmente, quase em casa!


Tudo o que eu precisava – caso meu objetivo fosse estar em uma situação mais cagada que a vida amorosa da Adele . Desci Gomorra rapidamente, e comecei a subir Sodoma (parem um instante e me imaginem dando direções para uma pessoa –EX: o bar fica logo ali depois de Sodoma)  procurando desesperadamente minha avó. Ela, que não era burra nem nada, estava de guarda-chuva, caminhando muito digna tocando fogo na chuva e etc. Pego com ela as chaves, já então completamente encharcado. Percorro as lombas da Perdição mais uma vez, e finalmente chego na casa de minha avó materna.
Ela abre o portão pra mim, se preocupa com meu estado de ensopamento, oferece canja de galinha (acho que ela sempre carrega um pouco com ela) e me diz pra me secar rápido. Corro para os fundos, ponho a mão na maçaneta e...








A...


PORTA...


ESTAVA...


DESTRANCADA.









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