8 de Brinks: junho 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pseudo Conhecidos





Oi seus exaltados.




Hoje vamos falar de - PQP TÁ UM FRIO DO CARALEON AQUI! Tá, deu, me acalmei.Eu realmente tinha que me manifestar sobre isso, tá rolado uma wintervention (winter + intervention, sacou, sacou?! ahn, ahn?? digna do Faustão essa.) forte no clima aqui no Sul. Mas deixemos os bonecos de neve e os dedos necrosados pra outro post, hoje eu quero falar sobre algo que me irrita profundamente. As relações sociais e seus cumprimentos.

Não, eu não sou um anti-social. Eu tenho amigos, eu gosto deles e eu me divirto muto com eles. Eu tenho família também e tenho conhecidos de montão como qualquer um. Mas o que me irrita é: como classificá-los? Como se portar com integrantes de cada grupo??

Pode parecer fácio (mas não tá fácio pra ninguém!). Você tem amigos, você ri e se diverte com eles, conta sempre com eles e fala da sua vida pra eles. E seus conhecidos? Ah, você pega e conversa com eles, com educação e em momentos apropriados, mas não liga pra eles pra avisar que tem um maníaco genocida armado com escovas de dente e CD's do Rebelde no seu quintal de madrugada como faz rotineiramente com seus amigos, não é? Basicamente seus conhecidos são pessoas que você conversa por força do ambiente e não por compartilharem algum interesse comum ou homicida no quintal. Uma coisa não exclui a outra, claro.

Mas agora vem a parte tensa. Você saberia separar todos os seus amigos dos conhecidos?



"Sim, claro"



E você saberia qual deles comprimentar na rua e como fazê-lo?







SIM, É TEMÇO! Esses que você não saberia o que fazer se encontrasse na rua (sex -q) são o que eu chamo de Pseudo-Conhecidos. Pessoas que tu teve contatos brevíssimos e tão pequenos que a pessoa ainda é uma estranha pra ti e tu não sabe te portar com ela Não tem nada mais constrangedor do que passar por alguém que tu conhece, mas não sabe se comprimenta ou não. Tipo ver aquele cara que uma vez no ônibus te alcançou o teu tamagotchi livro de química of doom que caiu no chão ou aquela amiga de um colega seu que ele apresentou uma vez e vcs nunca mais se viram. Tu nunca sabe se dá um oizinho, um aceno com a cabeça ou chega para dar um "oi tudo bem?". E o eterno -E CLÁSSICO- tchauzinho que fica no ar por que você foi dar oi e a pessoa virou a cara, fingindo não te ver, fazendo a egípcia ??
"Olha só que coisa legal surgiu ali deixando você fora do meu campo de visão meu caro amido."


Uma mágoa sem fim isso daí. O que fazer daí? Abaixar a mão correndo e fingir que não aconteceu? Chamar o(a) metido a Amún-Rá(biscat)? Correr para as colinas? Uma sensação única!


Agora pra vocês terem um gostinho desse constrangimento, aí vai:

"Opa!"



Não sou anti-social mas pensando bem, deveria ser. Um abraço e beijo pra meusa migos, um aperto de mão régio e saudável aos meus conhecidos e um grande VAI TOMAR NO TEU tchauzinho pros meus Pseudo-Conhecidos.

sábado, 25 de junho de 2011

O ônibus da comédia


Oi beberrões marotos.



Como vocês estão indo? Eu estou vivendo no limite da adrenalina e perigon (sempry) , obrigado por perguntarem. Então, vou falar pra vocês como foi minha noite de ontem, que foi recheada de vergonha alheia, perda de oportunidades, música de festerê e batidinha de côco.

Pra começar, fui numa festa. Descobri há poucos minutos pelo Twitter que eu havia sido sorteado pra entrar de graça na festa e acho q ganhava um (bonsh) drink e um livro. Delícia, eu não sabia não cobrei e não ganhei.



"Podia ter sido de graça?"


Tá bom, na vida umas vezes se ganha e outras vezes tu perde 15 reais que poderia ter usado pra se divertir pra caralho te deixando com vontade de dar com a cabeça na parede. =]
A festa valeu cada centavo desnecessário que eu gastei nela, encontrei meu primo lá e tal, vi umas amigas aniversariantes, lambi uma parede, o de sempre quando se está bêbado não é mesmo?(-n)
Saí uma hora antes do que deveria da festa, e fui comer um baurú lá por perto.Tava uma delícia e tava passando Billy & Mandy na TV da lanchonete, no regrets. Mas acabei comendo rápido e fiquei matando um tempo depois na frente da festa, vendo os pinguço saindo, rindo da cara de louco dos outros e etc. Mas não é esse o foco do post. O foco é : como voltei pra casa?

Fiquei de voltar para a minha vó e dormir lá e tal, então voltei ao centro a pé e peguei um ônibus.Mas não qualquer ônibus.Eu peguei o

~Ônibus da Comédia~

Como assim, você pergunta? Vou explicar:

Entrei no ônibus, até então sem saber que se tratava do ~Ônibus da Comédia~ e sentei no meu lugar. Aí para minha total perplexidade começam a entrar os integrantes daquela nave louca! Os integrantes chegaram nessa ordem:

O Casal Só Love: Donos de uma paixão digna do Titanic ancorado n'A Lagoa Azul, eles se sentaram e começaram a se acarinhar de uma maneira tão completa e amorosa que me fez sentir o mais Forever dos Alones, o cara mais gordinho na escolha dos times de futebol da pracinha , aquele que ninguém quer. Dois minutos da ternura deste casal e eu já estava injetando insulina, pois tinha contraído diabetes da atmosfera açucarada que eles projetavam no ônibus.Sentaram-se logo atrás de onde viria se sentar ...

A Vileira: Com uma constituição física maciça e baixinha e a cor do prato Duralex da sua mãe que não quebra no microondas, esta moça subiu no ônibus e se sentou no seu lugar rapidamente, me dando tempo de reparar apenas em sua calcinha saindo para fora da calça e sua pré-disposição em levantar essas últimas. Um mimo.

O Pacificador, Mano Marley: Negro alto e magro, portando seu instrumento de tortura poder, o seu celular com mp3 comprado à duras penas no Magazineluiza, no carnê. Demonstra toda sua nobreza durante a viagem, ao contrário de...

Senhor Guela: Já em idade avançada, dono de um timbre de voz incrível e discreto como poucos. Seu papel na viagem louca do ~Ônibus da Comédia~ tem suas raízes em seu breve relacionamento com nossa protagonista, a ...

MARIA DO BAIRRO SEQUELADA: Nossa protagonista nascida em família humilde, que acabou por se entregar ao álcool etílico na forma de garrafas de batidinhas de coco cujo rótulo é confeccionado em folhas A4, recortado com tesoura sem ponta e colado com cola àtoxica da Mercur por que da Faber Castell é mais caro.Dona de uma dramaticidade sem igual, capaz de levar multidões ao choro apenas com 3 de suas palavras ininteligíveis.

A entrada de Maria do bairro em minha vida no ônibus já me deu um gostinho do que estava por vir até o fim da viagem. Ela colocou a garrafa de batidinha que levava na bancada do cobrador (like a boss, agressiva que é pra ele ficar ligado) e passou por debaixo da roleta. Até aí tudo bem, mas o que Neighborhood Mary não esperava era que o efeito avassalador do alcool em seu sangue não deixasse ela se levantar. Resultado : ficou se rebuliçando no chão igual uma minhoca emaconhada .Quando conseguiu se levantar, falou algo sobre ter fumado uma erva e estar efetivamente emaconhada. Ou ela só pediu uma banana, eu não saberia dizer.
Maria então se senta no ônibus, um pouco mais para trás do meio do ônibus, mas não antes de dar uma leve intimidada na Vileira e fazer a coitada se levantar do lugar, só para fazê-la sentar-se novamente, temerosa ("Não precisa te levantar naum, não quero papo ctigon"). Então ela se senta. Duas cadeiras à minha frente. Me regozijo com sua presença (-n).


Então ela começa a manifestar sua mariadobairrice digna de uma mexicana legítima e começa a chorar e se lamentar com gemidos estranhos.Uma surpresa já que até então ela estava apenas tomando (nada)bonsh drinks e intimidando moradoras de comunidades carentes (ainda que Neighborhood Mary seja a mais carente).E assim ela passa a viagem inteira. Chorando a morte da mãe (ou de uma banana, não entendi o que ela dizia), ou de duas mães (??) e gemendo e se lamentando. Senhor Guela começa a manifestar sua delicadeza com Maria do Bairro dizendo em altos brados "Claboca!", variação rápida e tossida de "Cala a sua Boca pequena Maria do Bairro". O Casal Só Love, só lova e a estrela do momento se manifesta:

"I wanna love you!"


Sentindo as vibrações negativas do ambiente, O Pacificador Mano Marley resolve acalmar os corações exaltados naquele ônibus da única maneira que sabia: cantando. Puxa seu equipamento sonoro e coloca para tocar no volume máximo de seu celular (o mesmo de um cochicho) o clássico reggae "Three Little Birds", enquanto acompanha o cantor com sua voz abençoada! Pena que ele não dominava a letra e cantava "Caus eveliou sing, is gona beau lith, tchu tchu ru ru tchu ru ru ru" entre outros deslizes, tornando tão bela música uma agressão aos tímpanos. Mas foi válido, só queria mostrar à Little Mary que tudo ia ficar bem!

Casal só love começa a se rebuscar ainda mais nos seus assentos, Senhor Guela dá um último grito e sai do ônibus, Mary of the bairro continua chorando ou pedindo bananas (nunca sei) e Mano Marley segue sua trilha sonora. Essa foi a época de ouro de nossa viagem, que chega perto de seu fim.

Com o tempo todos desceram e só fiquei eu no ônibus. COM A BLOODY MARY! Ela se deita entre duas fileiras de bancos, o cobrador tenta tirá-la do ônibus e não consegue. O motorista é mobilizado, tenta agarrá-la e puxá-la para fora, mas o encosto do Etanol se prova forte e deu forças para ela se segurar nas barras do corredor.

Cansado, o cobrador chama a polícia. Mary Lou começa a gritar dizendo que não quer descer ali e tem o direito de escolher onde vai parar por que pagou a passagem (~~risos~~). Descemos todos do ônibus e deixamos ela atirada no chão onde se jogou. Ela se levantou e foi pra perto da poltrona do cobrador, então eu avisei pra ele q ela tava ali e tava perto da grana das passagens né.Ele se irrita e cria sangue nos olhos, entra no bus e arrasta ela por um braço (pelo chão) até a porta do ônibus e coloca ela pra fora. A brigada vem, ri da cara dela mais um pouco e eu assino como testemunha num documento lá.

Delícia não? E o ônibus ficou com um cheirinho delicioso de batida de côco qdo a Maria del Barrio Soy jogou a garrafa no cobrador. Deixamos ela com a brigada e continuamos a viagem, agora com o espírito mais elevado e cheirando a côco. Delícia.


O post ficou enorme já, então era isso e tchau marotos!